Resumos do Boletim Técnico ABRAVAS


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 Ano VIII - Jan/2024 - nº 73

OFTALMOLOGIA DE PEIXES E ANFÍBIOS

Clarissa Machado de Carvalho

RESUMO

A visão exerce um papel importante na percepção do ambiente para a maioria dos vertebrados. Este boletim aborda as principais características anatômicas e fisiológicas de peixes ósseos e anfíbios, bem como princípios básicos do exame oftálmico destas espécies, considerações terapêuticas e principais doenças e condições que afetam os olhos desses animais. O texto presume que o leitor possui familiaridade com anatomia oftálmica básica, bem como dos princípios do exame clínico oftálmico e seus exames complementares. Assim, particularidades serão destacadas, mas não o que se observa em comum com demais olhos de vertebrados.

Palavras-chaves: anatomia oftálmica, doenças oftálmicas, exame oftálmico

 

 

Ano VIII - Out/2023 - nº 72

XXXI ENCONTRO E XXV CONGRESSO ABRAVAS 2023

Diretoria ABRAVAS - Gestão 2021-2024

RESUMO

No mês de outubro de 2023, a Associação Brasileira de Veterinários de Animais Selvagens (ABRAVAS) foi pela primeira vez na capital do país, Brasília, para realizar seu 25º Congresso e 31º Encontro no Hotel Brasilia Imperial.

 

 

 

Ano VII - Fev/2023 - nº 71

INFLUENZA AVIÁRIA DE ALTA PATOGENICIDADE

RESUMO

Pela primeira vez, desde 2002, mais de 75 surtos de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) foram relatados em nove países das Américas Central e do Sul. Segundo informações compartilhadas pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) esses surtos já causaram a perda de quase 1,2 milhão de aves. A partir de outubro de 2022, a IAAP (H5N1) foi registrada em alguns países limítrofes ao Brasil, afetando aves silvestres, domésticas e de produção. Devido ao avanço da enfermidade na América do Sul nos primeiros meses de 2023, a Associação Brasileira de Veterinários de Animais Selvagens (ABRAVAS) compilou as informações neste boletim técnico sobre o tema.

Palavras-chaves: Orthomyxoviridae; Anseriformes; Charadriiformes

  

 

 

Ano VII - Jan/2023 - nº 70

TÍTULO DE ESPECIALISTA EM MEDICINA DE ANIMAIS SELVAGENS

RESUMO

A medicina veterinária tem papel fundamental na Saúde Única, ao atuar diretamente na cadeia de produção de itens de origem animal, conservação da biodiversidade e cuidados com animais de companhia. Nesse amplo cenário, é importante que os profissionais busquem conhecimento teórico e prático, bem como capacitação contínua em sua área de atuação. O título de especialista em Medicina de Animais Selvagens é uma grande conquista para a área, por ser uma forma de credibilizar e comprovar o conhecimento dos profissionais atuantes, além de ser uma ferramenta para agregar valor aos serviços prestados.

Palavras-chaves: especialidade, medicina veterinária, ABRAVAS 

  

 

 

Ano VII - Out/2022 - nº 69

XXX ENCONTRO E XXIV CONGRESSO ABRAVAS 2022

Diretoria ABRAVAS - Gestão 2021-2023

RESUMO

Neste mês de outubro, a Associação Brasileira de Veterinários de Animais Selvagens (ABRAVAS) retornou à cidade de São José dos Campos -SP, para realizar seu 24º Congresso e 30º Encontro no Nacional Inn Hotel.

 

 

Ano VI - Mai/2022 - nº 68

HIPERCRESCIMENTO DE DENTES INCISIVOS EM ALPACA (Vicugna pacos): RELATO DE CASO

Thiago Prescinotto e Pedro Martuscelli de Abreu

RESUMO

As afecções dentárias em camelídeos sul-americanos (CSA) tem sido comumente descritas em animais mantidos em cativeiro, podendo apresentar, hipercrescimento dentário, abscessos periapicais, doença periodontal, maloclusão, fraturas dentárias, desgaste dentário e persistência de decíduos, sendo de suma importância ao médico veterinário compreender e assim trata-las. Nos camelídeos sul-americanos (CSA) os dentes incisivos continuam a crescer ao decorrer da vida e o desgaste incorreto resultante de uma dieta a base de alimentos tenros não irá proporcionar o desgaste adequado e pode acarretar o hipercrescimento dos elementos dentários, projetando-os além dos lábios ocasionando maloclusão e dificuldade em apreensão de alimentos, havendo a necessidade de intervenção cirúrgica. Este relato consiste em descrever um caso de hipercrescimento dentário de incisivos de duas alpacas (Vicugna pacos) mantidas sob cuidados humanos, que apresentavam maloclusão decorrente do crescimento inadequado dos elementos dentários, no qual foram submetidos ao procedimento de odontossecção dos incisivos, com o objetivo de reduzir o tamanho dos dentes ao tamanho normal e devolver a oclusão correta.

Palavras-chaves: Pets não convencionais, odontologia veterinária, camelídeos sulamericanos.

 

 

 

Ano VI - Abr/2022 - nº 67

DESAFIOS NA CRIAÇÃO COMERCIAL DE SERPENTES PARA EXTRAÇÃO DE PEÇONHA

Heloísa Castro Pereira

RESUMO

A criação de serpentes peçonhentas desperta interesse devido ao valor da venda da peçonha, amplamente utilizada na indústria farmacêutica. Os criadouros devem ser autorizados pelos órgãos ambientais, de acordo com as normativas aplicáveis. Uma equipe multidisciplinar, com a presença do médico veterinário, irá garantir a saúde e bem-estar do plantel, além de fornecer subsídios para as boas práticas de fabricação com o objetivo de obter um produto de qualidade.

Palavras-chaves: medicamentos; ophidia; criatório comercial; boas práticas

 

 

Ano VI - Mar/2022 - nº 66 

CRIAÇÃO E MANEJO DE FILHOTES DE TAMANDUÁ-BANDEIRA (Myrmecophaga tridactyla) DESTINADOS À SOLTURA - PROJETO TAMANDUASAS

 Juliana Macedo Magnino Silva

RESUMO

A casuística de filhotes órfãos resgatados de vida livre e encaminhados aos órgãos ambientais para cuidados parentais é crescente para a espécie Myrmecophaga tridactyla, e a taxa de mortalidade ainda é alta quando comparada a outras espécies. Nesse contexto, a medicina de Xenarthras se encontra em desenvolvimento e ainda há demanda de informações acerca da criação artificial de filhotes com foco na reabilitação e posterior soltura. Este material foi elaborado a partir da experiência na criação e no manejo de filhotes de M. tridactyla recebidos nos Centros de Triagem de Minas Gerais e no Projeto de reabilitação TamanduASAS, do Instituto Estadual de Florestas, MG, Brasil, no intuito de compartilhar informações que auxiliem frente aos desafios da criação de filhotes dessa espécie.

Palavras-chaves: conservação, cuidados parentais, reabilitação, Xenarthras.

 

 

 

Ano VI - Fev/2022 - nº 65

LIMITAÇÕES DOS MÉDICOS VETERINÁRIOS DE PINÍPEDES NO BRASIL FRENTE À RECOMENDAÇÃO SCAR XXIV-3

Joana Ikeda

RESUMO

Os pinípedes antárticos e subantárticos visitam a costa brasileira anualmente. O Tratado da Antártica se preocupa em proteger a vida nativa e o Brasil apoia as suas diretrizes. A Recomendação SCAR XXVI-3 pede que comitês nacionais desencorajem as solturas de fauna nativa no continente Antártico após a sua reabilitação, pelo risco de introdução de patógenos adquiridos em cativeiro. O entendimento de que animais antárticos e subantárticos não poderiam receber tratamento nos centros de reabilitação, limitou a atuação do veterinário, muitas vezes confrontando o Código de Ética. No entanto, atualmente, com o avanço da medicina de animais marinhos e com a implementação de Centros de Reabilitação com infraestrutura, equipamentos e pessoal capacitado, ao longo da costa brasileira, as instituições especializadas vêm se mobilizando para mudar este cenário.

Palavras-chave: Mamíferos marinhos, Tratado da Antártica, Reabilitação, Soltura

  

 

Ano VI - Jan/2022 - nº 64

DIREITO VETERINÁRIO: DÚVIDAS DOS ASSOCIADOS

Ana Beatriz Martins e Erika Dantas

 Uma das carências na formação do médico veterinário refere-se aos preceitos legais de nossa profissão, seja pela ausência de orientação ou pela flutuação de leis. Além disso, órgãos regulamentadores nem sempre disponibilizam informações claras, o que dificulta a atuação do médico veterinário nesse contexto. Diante dessa situação, a diretoria executiva da ABRAVAS convidou as advogadas Erika e Ana Beatriz para responder uma série de perguntas, enviadas pelos nossos associados. Agradecemos a participação de todos que colaboraram com esse informativo e convidamos os associados a entender um pouco mais sobre o assunto.

 

 

Ano VI - Nov/2021 - nº 63

ENRIQUECIMENTO AMBIENTAL PARA RÉPTEIS SOB CUIDADOS HUMANOS

Iandara Gouvea Gonçalves

RESUMO

O enriquecimento ambiental é uma importante ferramenta para aumentar o grau de bemestar dos animais selvagens mantidos sob cuidados humanos. A classe dos répteis é negligenciada tanto na prática quando nas pesquisas sobre o tema, no entanto avanços recentes no conhecimento sobre seu comportamento embasam a aplicação da técnica de forma mais ampla, levando em consideração suas características particulares e demonstram que os répteis se beneficiam de sua oferta.

Palavras-chave: comportamento; bem-estar anima; serpentes; lagartos; testudines.

 

 

Ano VI - Set/2021 - nº 62

INTERVALOS DE REFERÊNCIA HEMATOLÓGICOS DO MORCEGO Tadarida brasiliensis (MOLOSSIDAE, CHIROPTERA) NO SUL DO BRASIL

Paulo Quadros e Thassiane Targino

RESUMO

Análises hematológicas são importantes ferramentas na medicina humana e animal, já que oferecem suporte para o diagnóstico de doenças e decisões sobre tratamentos. Essas análises também têm aplicações em decisões sobre manejo e conservação de espécies silvestres. Intervalos de Referência (IR) são intervalos de valores provenientes de indivíduos saudáveis e considerados normais para uma população ou espécie, que são usados na interpretação dos resultados das análises hematológicas. O estabelecimento de IR para animais silvestres envolve uma série de dificuldades metodológicas, e trabalhos com espécies de morcegos são raros. Esse boletim prioriza destacar, em síntese, os resultados do estabelecimento de 12 parâmetros sanguíneos de uma espécie de Molossidae, Tadarida brasiliensis, um morcego insetívoro de ampla distribuição geográfica, abundante e sinantrópico. O estabelecimento dos IRs para T. brasiliensis representa um passo inicial no estudo hematológico de espécies de Molossidae, com potencial na detecção de doenças precocemente, incluindo zoonoses, e em seu manejo e conservação.

Palavras-chave:  análises de sangue, fauna silvestre, hematologia, saúde animal, morceguinho-das-casas, morcego-de-cauda-solta-brasileiro.

 

 

Ano VI - Ago/2021 - nº 61

OZONIOTERAPIA EM ANIMAIS SILVESTRES

Lilian Karnopp

RESUMO

O uso da ozonioterapia vem ganhando destaque na medicina veterinária nos últimos anos por apresentar resultados rápidos e eficazes, o que o torna um aliado no tratamento de diversas enfermidades. Devido à sua praticidade, economia e versatilidade, o tratamento também vem ganhando espaço na medicina de animais silvestres. A ozonioterapia tem ação antimicrobiana, antiviral, anti-inflamatória, estimulante do sistema imunológico, anticoagulante, entre outras. Pode ser utilizada por diversas vias, como tópica, intramuscular, subcutânea, intra-articular, intrarretal e demais vias, se tornando adaptável à fisiologia da espécie a ser tratada, diminuindo, portanto, o tempo de manipulação e, consequentemente, de estresse. Ainda não há relatos de resistência bacteriana ao gás de ozônio, tornando essa terapia ideal nos casos de infecções por agentes resistentes aos tratamentos convencionais. Assim, devido às vantagens e à segurança do tratamento, a ozonioterapia vem sendo estudada e relatada para contribuir também com a clínica de animais silvestres.

Palavras-chave: ozônio; conservação; medicina integrativa 

 

 

Ano V - Jul/2021 - nº 60 

A MEDICINA VETERINÁRIA NO PROJETO DE MONITORAMENTO DE PRAIAS DA BACIA DE SANTOS – PMP/BS

Rodrigo del Rio do Valle

RESUMO

A medicina veterinária tem atuação fundamental na Saúde Única, conceito que integra as saúdes humana, animal e ambiental. Neste contexto, o atendimento veterinário à tetrápodes marinhos tem extrema importância. No Brasil, a medicina veterinária de animais selvagens tem apresentado grandes avanços nas últimas décadas e, para a medicina de animais marinhos, um dos propulsores deste aprimoramento foi o Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos – PMP-BS. A execução do PMP-BS tem demandado grande quantidade de médicos veterinários capacitados para atuar com tetrápodes marinhos, e sua execução, desde 2015, tem apresentado números extremamente significativos. Até o momento, a complexidade do PMP-BS, com a ampla participação dos médicos veterinários, tem demonstrado, além da importância da medicina veterinária, também a importância dos animais marinhos para a Saúde Única.

Palavras-chave: tetrápodes, reabilitação, necropsia, despetrolização, veterinário.

  

 

Ano V - Jun/2021 - nº 59

ACUPUNTURA EM ANIMAIS SILVESTRES

 Lygia Karla Sanches Francelino e Huber Aristóteles Nogueira da Gama Filho

RESUMO

A acupuntura é um segmento da Medicina Tradicional Chinesa (MTC), cujo fundamento consiste em restabelecer o equilíbrio do organismo através do estímulo de acupontos - regiões cutâneas ricas em vascularização e terminações nervosas, capazes de desencadear uma resposta reflexa através da neuromodulação, liberação de neurotransmissores e outras respostas fisiológicas do organismo. A procura de terapias complementares por tutores de pets não-convencionais, bem como a sua utilização em zoológicos, centros de triagem e aquários de todo o mundo têm aumentado, gerando relatos de sucesso na aplicação de acupuntura nas mais diversas espécies animais. O presente artigo descreve a aplicabilidade da acupuntura em pacientes anfíbios, répteis, aves e mamíferos.

Palavras-chave: Medicina Tradicional Chinesa, Medicina Integrativa, Animais Selvagens, Acupontos.

 

 

Ano V - Mai/2021 - nº 58

ACIDENTES COM ANIMAIS PEÇONHENTOS – IDENTIFICAÇÃO, PREVENÇÃO E TRATAMENTOS

Viviane Campos Garcia

RESUMO

Os animais peçonhentos e venenosos causam temor e fazem parte do imaginário popular desde os primórdios da civilização até os dias atuais. Muitas serpentes, aranhas e sapos são mortos pelo medo das pessoas. Por outro lado, acidentes causados por animais peçonhentos provocam importante morbidade e mortalidade em todo o mundo. É de suma importância o conhecimento e a identificação desses animais por médicos veterinários para evitar que acidentes e mortes aconteçam.

Palavras-chave: Serpentes, veneno, aranhas, escorpiões, dentes.

 

 

Ano V - Abr/2021 - nº 57

OPERAÇÃO SAPAJUS: PESQUISA E EDUCAÇÃO AMBIENTAL EM DEFESA DOS MACACOS-PREGO

Renata Gonçalves Ferreira e Vitória Fernandes Nunes

RESUMO

No país com a maior biodiversidade de primatas do mundo, 39% das espécies estão em perigo de extinção e 48% com decréscimo populacional ou algum status preocupante de conservação. Dentre as ameaças principais estão avanço da urbanização, das áreas de monocultura e o tráfico de animais silvestres, afetando de forma particularmente acentuada as espécies mais bem distribuídas no Brasil, como os macacos-prego. A Operação Sapajus é uma equipe de pesquisa que busca auxiliar a preservação dos macacos-prego através de ações in-situ, ex-situ e de educação ambiental. Os estudos insitu são realizados focando em uma população de uma espécie ameaçada de extinção (Sapajus flavius) em uma área cercada por monocultura de cana-de-açúcar. Os estudos ex-situ são realizados com animais vítimas do tráfico de animais silvestres (Sapajus ssp) em Centros de Resgate e Triagem do IBAMA (RN e CE). Os temas de pesquisa englobam comportamentos de risco, flexibilidade comportamental, personalidade, estratégias de enfrentamento ao estresse e reabilitação clinico-comportamental de animais em cativeiro. A Operação Sapajus busca fortalecer a ação de órgãos ambientais e promover conscientização ambiental e comportamentos pró-conservação. O grupo conta hoje com uma equipe de doutorandos, mestrandos, alunos de graduação e quase 10.000 pessoas nas redes sociais, que nos ajudam a combater certos tipos de exposição de primatas na internet e acompanhar grupos de macacos-prego em liberdade por todo o país através da ciência cidadã.

Palavras-chave: Conservação, Manejo ex-situ, Primatologia, Redes Sociais.

 

Ano V - Mar/2021 - nº 56

ENCALHES DE GRANDES CETÁCEOS

Cristiane K. M. Kolesnikovas

RESUMO

Com a proibição da caça comercial às baleias, decretada em 1986 pela Comissão Baleeira Internacional (International Whale Comission - IWC), a maioria das populações de grandes cetáceos iniciaram a recuperação do número de indivíduos. Com o aumento das populações, é natural que ocorra um aumento de encalhes, tanto de animais mortos quanto vivos. Profissionais das mais diversas áreas trabalham no atendimento a estes eventos, que sempre consistem em um grande desafio, sendo que o conhecimento e treinamento prévios são essenciais para o sucesso do atendimento.

Palavras-chave: animais aquáticos; baleias; mamífero marinho.

 

 

Ano V - Fev/2021 - nº 55

PARTICULARIDADES DA NECROPSIA EM TARTARUGAS MARINHAS

Allan Poltronieri Santos

RESUMO

A necropsia (do grego necro: morto; e opsis: ato de observar) é um exame que tem por finalidade diagnosticar os eventos que culminaram com o óbito do ser vivo a ser examinado, possibilitando o diagnóstico da causa mortis. Ao se executar a necropsia, é importante que o executor tenha familiaridade com o táxon a ser examinado, visto que as alterações macroscópicas de significado patológico variam de acordo com a espécie. Neste boletim, algumas das principais alterações patológicas macroscópicas de exemplares juvenis de Chelonia mydas recolhidos na costa do Espírito Santo serão exemplificadas a fim de familiarizar os seus leitores com alguns dos principais achados de necropsia nessa espécie.

Palavras-chave: alterações patológicas; Chelonia mydas; exame anatomopatológico; lesões.

 

 

Ano V - Jan/2021 - nº 54

A CORRELAÇÃO ENTRE MAUS-TRATOS A ANIMAIS E A VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER, A CRIANÇA E O IDOSO: A IMPORTÂNCIA DO VETERINÁRIO

José Roberto Vercelino

RESUMO

A crueldade contra os animais não deve ser vista como um ato isolado. Sua ligação com a violência doméstica e outros crimes variados e até mais graves precisa ser amplamente difundida, de forma que a prevenção de um crime evite também os outros, ou a notificação de um abuso leve à descoberta de outras violências. Outros fatores que mostram a importância de se combater a crueldade contra animais são que crianças e mulheres geralmente não falam sobre o abuso sofrido por elas, mas se sentem mais confortáveis contando sobre o que acontece com seus animais de estimação, refletindo o que elas próprias estão passando. Vizinhos e outras testemunhas também são mais propensos a denunciar maus-tratos contra animais que contra crianças, mulheres e pessoas vulneráveis. Os maus-tratos a animais também precisam ser punidos adequadamente, o que raramente acontece, tanto quantitativa quanto qualitativamente.

Palavras-chave: Abuso animal, crime, crueldade, teoria do link, violência doméstica.

 

 

Ano V - Dez/2020 - nº 53

RELAÇÃO ZOOLÓGICOS X SANTUÁRIOS: É POSSÍVEL UMA PARCERIA? RESUMO

 Marcio André da Silva

RESUMO

Viver em um mundo de extremos e opiniões polarizadas sobre questões complexas como o bem-estar animal têm gerado discussões nem sempre produtivas. Este texto trás uma breve revisão sobre o bem-estar em animais selvagens ex situ e propõe uma reflexão sobre o papel institucional de zoológicos, aquários e santuários na proteção e conservação da fauna selvagem, garantindo condições que favoreçam seu bem-estar, por meio de trabalho integrado e cooperativo.

Palavras-chave: ex situ, animal cativo, bem-estar animal, conservação.

 

Ano V - Nov/2020 - nº 52

MUITO MAIS QUE UM PROVENTRÍCULO DILATADO: PATOLOGIA E PATOGENIA DA DOENÇA DA DILATAÇÃO PROVENTRICULAR (PDD) EM PSITACÍDEOS

Jeann Leal de Araújo

RESUMO

Alguns vírus da família Bornaviridae são os agentes causadores da doença da dilatação proventricular (PDD) em psitacídeos - uma desordem neurológica grave, com ocorrência mundial. A PDD pode causar manifestações clínicas neurológicas, gastrointestinais ou uma combinação das duas. No entanto, a dilatação do proventrículo é a principal lesão macroscópica observada nas aves afetadas. Microscopicamente, as lesões podem incluir encefalite ou mielite linfoplasmocitárias, ou ganglioneurites, afetando diversos órgãos como coração, glândulas adrenais, e intestinos. Vários aspectos sobre a patogenia dessa doença são pouco entendidos, e aspectos-chave como rota de transmissão e imunopatologia permanecem obscuros.

Palavras-chave: Bornavirus, ganglioneurite, encefalomielite, aves.

 

Ano V - Out/2020 - nº 51

NEONATOLOGIA DE ANIMAIS SILVESTRES

Caroline Weissheimer Costa Gomes

RESUMO

A neonatologia de animais silvestres é uma área encantadora e ao mesmo tempo repleta de desafios. Acompanhar o desenvolvimento de filhotes criados pelos pais ou realizar a criação artificial não são tarefas fáceis. Atualizar-se nesta área é fundamental para o aperfeiçoamento da criação, a fim de obter os melhores resultados, prezando sempre pelos aspectos biológicos e bem estar dos animais.

Palavras-chave: criação artificial, órfãos, cuidados pediátricos

 

 

Ano V - Set/2020 - nº 50

TÉCNICAS DE REPRODUÇÃO ASSISTIDA APLICADAS À CONSERVAÇÃO DE MAMÍFEROS SILVESTRES

Alexandre Rodrigues Silva

RESUMO

Uma grande diversidade de espécies silvestres vem sofrendo uma redução de suas populações no decorrer dos últimos anos. O desenvolvimento de estratégias como a criação de reservas, zoológicos e demais criatórios tem sido de suma importância para a conservação destes valiosos genótipos. Em adição, as biotécnicas reprodutivas surgem como grandes aliadas, principalmente por permitirem a conservação e multiplicação do gernoplasma de diferentes espécies por um período indeterminado. Infelizmente, um grande entrave para sua aplicação tem ainda sido o limitado conhecimento a respeito da fisiologia reprodutiva de muitas espécies. Neste sentido, este trabalho apresenta avanços quanto ao desenvolvimento de técnicas de reprodução assistida desenvolvidos para a conservação e multiplicação de germoplasma de animais silvestres da fauna brasileira, especialmente componentes do bioma Caatinga. Dentre tais biotécnicas, destaca-se o desenvolvimento de métodos de obtenção e conservação de espermatozoides, monitoramento e controle do ciclo estral, conservação e cultivo de tecido testicular e ovariano, e produção de citoplastos e carioplastos visando a clonagem de espécies silvestres.

Palavras-chave: Biobancos; Criopreservação; Gametas; Clonagem

 

Ano V - Ago/2020 - nº 49

PROJETO MARSUPIAIS: CUIDADOS, REABILITAÇÃO E SOLTURA DE GAMBÁDE-ORELHA-PRETA (Didelphis aurita)

Iasmin Macedo, Caroline Reis de Araujo, Lorena Laranja Musiello

RESUMO

O gambá (Didelphis sp.) é um marsupial, da família Didelphidae, ordem Didelphimorphia. O Projeto Marsupiais atua na conservação dos marsupiais brasileiros, em prol da permanência desses animais na natureza, por meio da Pesquisa Científica e da Sensibilização Ambiental. Os marsupiais possuem papel fundamental na manutenção da biodiversidade, são bioindicadores da qualidade de habitats, fazem o controle de pragas e animais que ofereçam risco a saúde pública. Sofrem diversos ataques e precisam de cuidados, principalmente os filhotes órfãos ainda prematuros. Diante disso, necessitam de cuidados especiais. Alimentação adequada e frequente pode fazer a diferença na sobrevivência desses filhotes.

Palavras-chave: Neonatos, órfãos, cuidados, alimentação, manejo.

 

Ano IV - Jul/2020 - nº 48

ENFERMIDADES COMUNS A PRIMATAS HUMANOS E NÃO HUMANOS

Rodrigo Hidalgo Friciello Teixeira

RESUMO

As zoonoses são enfermidades naturalmente transmissíveis entre os animais vertebrados e seres humanos, com participação ativa dos animais selvagens nos ciclos de transmissão, envolvendo saúde pública, saúde animal e meio ambiente. No mundo existem mais de 500 espécies de primatas não humanos, distribuídos em todos os continentes e seis em cada dez espécies de símios do mundo estão ameaçadas de extinção e com forte declínio populacional. As enfermidades comuns entre primatas não humanos e seres humanos e de relevância na medicina são: raiva, febre amarela, herpesvírus, toxoplasmose, leptospirose e tuberculose causando milhares de óbitos no mundo. Vale a pena ressaltar que as enfermidades possuem vias de sentido duplo, ou seja, algumas são consideradas zoonose e antropozoonose de forma simultânea, causando prejuízos incalculáveis aos primatas humanos e não humanos.

Palavras-chave: zoonoses, animais selvagens, enfermidades contagiosas.

 

Ano IV - Jun/2020 - nº47

HEPATITES VIRAIS EM ANIMAIS SELVAGENS: ESTADO DA ARTE E PERSPECTIVAS

Alexde Souza

RESUMO

O fígado apresenta papel-chave na manutenção da homeostase, incluindo o metabolismo de lipídeos, proteínas, carboidratos e excreção de produtos tóxicos do organismo. Distúrbios circulatórios, degenerativos, necroinflamatórios e de fibrose no fígado podem ser causados por agentes tóxicos, infecciosos (vírus, bactérias ou fungos) e parasitários ou por lesões congênitas, proliferativas e neoplásicas. O diagnóstico das hepatites virais na Medicina Veterinária de animais selvagens pode representar um desafio, uma vez que os sinais clínicos e alterações laboratoriais podem ser múltiplos ou mesmo inespecíficos. Adicionalmente, o entendimento sobre doenças hepáticas causadas por vírus entre animais selvagens ainda é limitado devido ao número restrito de estudos e dados disponíveis na literatura para maioria das espécies. Neste sentido, informações sobre a epidemiologia, etiopatogenia e lesões hepáticas associadas às infecções virais do fígado podem auxiliar na pesquisa, diagnóstico diferencial, terapêutica, manejo, controle e profilaxia de hepatopatias em animais selvagens, além de auxiliar na conservação da biodiversidade e monitoramento de viroses emergentes.

Palavras-chave: animais silvestres, fígado, hepatopatias, vírus, zoonoses.

 

Ano IV - Mai/2020 - nº46 

CONSIDERAÇÕES SOBRE O USO DA ENROFLOXACINA DE LONGA AÇÃO E DA CEFOVECINA SÓDICA EM ANIMAIS SILVESTRES E EXÓTICOS 

André Grespan

RESUMO

A utilização de antibióticos de longa ação (LA) em animais silvestres e exóticos minimiza o estresse causado por uma terapia prolongada, oferece menos risco ao animal e a equipe, aumenta a eficácia e reduz a incidência de resistência. Porém, devido as diferenças fisiológicas e metabólicas da espécie animal em conjunto com a farmacodinâmica e farmacocinética das drogas, o uso de antimicrobianos LA nem sempre é possível e funcional. Cabe ao médico veterinário que trabalha com animais silvestres e exóticos ser responsável e balizar sua conduta com informações que fundamentem a decisão de uso, considerando o microrganismo envolvido, o local de infecção e os efeitos esperados da ação da droga em cada indivíduo. O médico veterinário deve considerar seu papel de importância na saúde pública na prevenção da propagação da resistência bacteriana.

Palavras-chave: antibioticoterapia, animais silvestres, exóticos, antibiótico longa ação.

 

Ano IV - Abr/2020 - nº45

TOMOGRAFIA: A FERRAMENTA PARA ESTUDOS MORFOLÓGICOS DO SÉCULO XXI

Gustavo Colaço

RESUMO

Nas últimas décadas a Tomografia Computadorizada (CT) de raio X foi uma das ferramentas mais utilizada para geração de imagens. As imagens construídas a partir dessa técnica possuem alto grau de detalhamento e resolução de diferentes tecidos, principalmente os mais densos. As pesquisas com CT e suas variações possuem valor inestimável, se tornando cada vez mais parte do cotidiano da pesquisa e revolucionando a maneira de tratar as questões morfológicas.

Palavras-chave: anfíbios, girino, morfologia, raio-X.

 

Ano IV - Mar/2020 - nº44

FAUNA EXÓTICA E INVASORA

Ricardo Augusto Dias

RESUMO

Este texto é um breve resumo da disciplina intitulada “Controle e Erradicação de Espécies Invasoras”, oferecida pelo curso de pós-graduação em Epidemiologia Experimental Aplicada às Zoonoses, do Departamento de Medicina Veterinária Preventiva e Saúde Animal, da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo. Este curso é voltado a profissionais e estudantes de pós-graduação que tenham interesse ou envolvimento direto com ações de controle ou erradicação de espécies invasoras, seja em órgãos governamentais ou não-governamentais. Buscou-se compilar a descrição e a avaliação do processo de invasão biológica, desde o transporte por vias de invasão, o estabelecimento, espalhamento, impactos, percepção, detecção, predição, prevenção, controle e erradicação. No curso, além destes temas, também são discutidos bioeconomia da invasão, valoração econômica, processos decisórios e participação pública no manejo. A bibliografia básica deste curso está disponível na lista de referências.

Palavras-chave: invasão biológica, espécie invasora.

 

Ano IV - Fev/2020 - nº43

TERMOGRAFIA NA MEDICINA DE ANIMAIS SELVAGENS

Bruno Ferreira Carneiro

RESUMO

A termografia é uma técnica de imagem que registra ondas infravermelhas no espectro eletromagnético emitidas por todos os objetos da Terra. Analisa as imagens formadas a partir da distribuição da temperatura na superfície de organismos e objetos, proporcionando medições seguras e não invasivas, além de possuir uma ampla gama de aplicações na medicina, veterinária, ecologia e zoologia. O equipamento de imagem térmica detecta lesão tecidual, processo inflamatório, auxilia no diagnóstico de doenças infecciosas, avalia a termorregulação em animais, analisa o efeito de fatores ambientais no comportamento animal, localiza indivíduos e seus habitats, acompanha processos reprodutivos e determina o tamanho das populações de animais selvagens.

Palavras-chave: animais silvestres, diagnóstico por imagem, termograma, termorregulação.

 

Ano IV - Jan/2020 - nº42

FAUNA EM DERRAMAMENTOS DE ÓLEO: IMPACTOS, RESGATE, REABILITAÇÃO E TRATAMENTO VETERINÁRIO

Renata Hurtado e Ralph Eric Thijl Vanstreels

RESUMO

O Brasil possui uma longa história de derramamentos de óleo em bioma marinho, porém o extenso derramamento de óleo registrado na costa brasileira a partir de setembro de 2019 trouxe preocupação acerca do quão preparado o Brasil está para lidar com desastres de grande escala. O óleo tem uma variedade de efeitos significativos sobre a saúde da fauna: diretos (efeitos tóxicos pela exposição individual ao óleo) ou indiretos (efeitos ecológicos pelos danos ambientais associados ao óleo). A natureza e magnitude destes efeitos dependem das características do óleo (viscosidade e volatilidade), das espécies de fauna e das características ambientais do local do derramamento. Esta revisão tem como objetivo apresentar uma visão geral de quais os impactos que o óleo pode ter sobre a saúde dos animais marinhos (com ênfase nas aves, tartarugas e mamíferos marinhos) e de como é feito o processo de resgate e reabilitação, consistindo nas seguintes etapas: resgate e captura, estabilização em campo, transporte, admissão, estabilização, lavagem, condicionamento e soltura. Se efetuada adequadamente e por profissionais devidamente capacitados, a reabilitação de animais oleados é uma importante estratégia para mitigar os impactos dos derramamentos de óleo, reduzindo o sofrimento dos animais e o impacto ambiental. Os médicos veterinários especializados no atendimento de animais selvagens têm um papel crucial a desempenhar neste processo, seja atuando em campo (dando apoio aos grupos de resgate e estabilização em campo), no centro de reabilitação (atuando no atendimento e reabilitação dos animais resgatados, realizando exames clínicos e necroscópicos), no comando do incidente (oferecendo orientações para promover a saúde e a segurança dos animais e das pessoas), ou junto às comunidades locais (assegurando a segurança alimentar e a saúde e segurança das pessoas e animais domésticos). Contudo, é importante destacar que o atendimento de animais oleados possui uma dinâmica especial e requer conhecimentos específicos. Assim, médicos veterinários que pretendam envolver-se na resposta a incidentes desta natureza deverão buscar treinamento específico para garantir que os animais recebam o tratamento adequado e consigam retornar à natureza.

Palavras-chave: desastre ambiental, poluição marinha, despetrolização de fauna.

 

Ano IV - Dez/2019 -nº41

A JORNADA RUMO AO SONHO AMERICANO

Verônica Pardini

RESUMO

Trabalhar como médico veterinário em outro país depende de vários fatores. A legislação costuma proteger os profissionais que obtiveram a sua graduação em território nacional, e essas leis ajudam a garantir o nível de conhecimento dos profissionais estrangeiros que pretendem atuar no país. Os Estados Unidos é um dos destinos mais desejados pelos profissionais brasileiros e possui um roteiro muito burocrático para a obtenção deste direito. Este boletim técnico discute todo o processo de validação do diploma para trabalhar como médico veterinário nos EUA, incluindo informações sobre custos, provas e todos os passos necessários para se tornar um profissional nos Estados Unidos.

Palavras-chave: validação de diploma, veterinário no exterior, veterinário nos EUA

 

Ano IV - Nov/2019 - n°40

SÍNDROME DE BURNOUT E SUICÍDIO SOB A LUZ DA MEDICINA VETERINÁRIA SISTÊMICA

Carla Abreu Soares

RESUMO

 A abordagem sistêmica sobre Síndrome de Burnout foi profundamente apresentada na obra O Samurai e o Médico Veterinário, através de estudos sistêmicos observados ao longo de quase 20 anos, aonde são apresentados os aspectos do inconsciente coletivo da classe médica veterinária que tem corroborado de forma oculta para o adoecimento dos profissionais.

Palavras-Chave: eutanásia, visão sistêmica, mindset, constelações, autoconhecimento

 

Ano IV - Out/2019 - Edição Extra

XXVIII Encontro e XXII Congresso ABRAVAS 2019

Diretoria ABRAVAS - Gestão 2019-2021

RESUMO

Neste mês de outubro, a Associação Brasileira de Veterinários de Animais Selvagens (ABRAVAS) retornou à cidade de Florianópolis-SC, após sete anos, para realizar seu 22º congresso e 28º encontro no Castelmar Hotel.

 

Ano IV - Out/2019 - nº39

A IMPORTÂNCIA DA VIDEOLAPAROSCOPIA COMO FERRAMENTA DE AVALIAÇÃO DOS SISTEMAS REPRODUTOR E RESPIRATÓRIO DAS AVES

Octávio Andrade Lisboa

RESUMO

A videolaparoscopia deve ser considerada como importante fonte de diagnóstico para problemas reprodutivos e doenças respiratórias bacterianas e fúngicas nas aves. Através dela o médico veterinário amplia a sua capacidade de avaliação do status reprodutivo de uma ave individualmente. Torna-se uma ferramenta de diagnóstico fundamental para identificação precoce de distúrbios que afetam negativamente a produção de aves silvestres e exóticas.

Palavras-chave: avicultura pet, aerossaculite, pneumonia, status reprodutivo, sexagem.

 

 

Ano IV - Set/2019 - n°38

SALVAMENTO E AFUGENTAMENTO DE FAUNA SILVESTRE: ATUAÇÃO DO MÉDICO VETERINÁRIO NA CONSERVAÇÃO IN SITU 
Victor Yunes Guimarães

RESUMO

Programas de Salvamentos de fauna correspondem às ações de manejo de fauna silvestre envolvendo animais que estejam sujeitos à captura, translocação e/ou destinação no âmbito do licenciamento ambiental de atividades que causam impactos sobre a biodiversidade. A partir das discussões suscitadas aqui, espera-se uma postura mais crítica e cuidadosa por parte dos técnicos em campo, encorajando sempre a ponderar sob os aspectos mais sensíveis do ponto de vista ecológico e epidemiológico dos processos de movimentação da fauna.

Palavras chave: resgate, animais selvagens, reabilitação, vida livre.

 

Ano IV - Ago/2019 - n°37

ANESTESIA E ANALGESIA DE COELHOS E ROEDORES
Maria Augusta Adami Pereira dos Santos

RESUMO

Na prática clínica é comum a necessidade de anestesia e analgesia de pequenos roedores e coelhos mantidos como pets, tanto para procedimentos rápidos como coleta de amostras biológicas e exames de imagem, quanto para procedimentos cirúrgicos. Esses animais apresentam particularidades fisiológicas, farmacológicas e comportamentais que devem ser levadas em consideração na hora da escolha do protocolo anestésico, bem como o tempo de duração do procedimento, com o intuito de minimizar o risco de eventuais intercorrências. Torna-se imprescindível a utilização de fármacos com efeitos conhecidos nessas espécies, assim como a utilização de equipamentos especializados e a correta monitoração de parâmetros fisiológicos. Diante dessas características, o presente Boletim tem como objetivo fornecer informações atuais e específicas da rotina anestésica em coelhos e pequenos roedores.

Palavras-chave: Pets não convencionais, sedação, contenção química, intubação, protocolo anestésico.

 

 

Ano III - Jul/2019 - n°36

RESIDÊNCIA EM MEDICINA DE ANIMAIS SELVAGENS
Nataly Nogueira Ribeiro Pinto, Nathana Beatriz Martins, Robertta Crystiane Aleixo Nogueira 

RESUMO

A Residência em medicina de animais selvagens é reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina Veterinária como uma pós-graduação lato sensu e implica em um programa de imersão na área escolhida com atividades práticas e teórico-práticas capazes de preparar o profissional para o mercado de trabalho. Atualmente, existem duas modalidades de residência em animais selvagens: a residência amparada pelo Ministério da Educação e o programa de aprimoramento profissional.

Palavras-chave: Especialização. Pós-graduação. Veterinária.

 

Ano III - Jun/2019 - n°35 

TERAPIA CELULAR NA MEDICINA DE ANIMAIS SELVAGENS
Danaê Fernanda Avanze Cação

RESUMO

A terapia celular na medicina de animais selvagens ainda é pouco utilizada como modalidade terapêutica. Existem alguns relatos na literatura e em sua grande maioria são utilizados apenas em afecções musculoesqueléticas, porém, a compreensão sobre os mecanismos de atuação das células-tronco mesenquimais continuam a avançar, ampliando o seu uso como modalidade terapêutica para uma série de processos patológicos.

Palavras-Chaves: Células-tronco Mesenquimais, Alógenas, Autólogas.

 

Ano III - Maio/2019 - n°34

MANEJO E CLÍNICA DE PREGUIÇAS
Ana Letícia Freitas Guimarães; Raphael Vieira Ramos

RESUMO

A medicina de preguiças é considerada um grande desafio, visto que são animais peculiares em termos de comportamento, fisiologia e além disso são vulneráveis, de fácil captura, sofrendo com a degradação ambiental. Enfermidades respiratórias, gastrointestinais e traumatismos ocorrem frequentemente, relacionados ao seu modo de vida e decorrente de impacto antrópico. O diagnóstico das enfermidades é um desafio, pois mascaram sinais clínicos e apresentam alterações tardias.

Palavras-chaves: Xenarthras, Bradypus, Choloepus, manejo, clínica.

 

Ano III - Abr/2019 - n°33

MICOPLASMOSE AVIÁRIA: DIAGNÓSTICO E IMPORTÂNCIA PARA AVES SELVAGENS
Hilari Wanderley Hidasi

RESUMO

A micoplasmose é uma enfermidade causada por uma bactéria que possui predileção por mucosas e serosas e causam principalmente enfermidades respiratórias, articulares e urogenitais em mamíferos, aves e répteis. Possui grande importância na avicultura comercial devido o grande impacto econômico e para a clínica de aves, devido sua relação constante com acometimentos respiratórios, além do potencial impacto ecológico para populações de vida livre.

Palavras chave: clinica aviária, doenças bacterianas, Mycoplasma.

 

Ano III - Mar/2019 - n°32

USO DA HOMEOPATIA NA MEDICINA CLÍNICA E PREVENTIVA DE ANIMAIS SELVAGENS
Cidéli Coelho; Adalberto do C. B. von Ancken.

RESUMO

Com mais de 200 anos de história atuando na segurança e eficácia da saúde com humanos e animais em todo o mundo, a homeopatia é uma terapêutica médica que consiste em curar os doentes de forma individualizada por meio da aplicação da lei de semelhança. A avaliação global do paciente determinará a prescrição de um medicamento único e específico para sua condição. A terapêutica homeopática prima pelo estímulo reacional do organismo e natural comportamento fisiológico na pretensão de reequilibrar um organismo doente e proporcionar sua homeostase. Matéria e energia se relacionam de forma proporcional e direta e não há vida sem energia. . A terapêutica homeopática age no sistema imune, e sendo assim tem uma atuação ímpar na prevenção e tratamento de doenças infecciosas. No tratamento de traumas físicos em animais selvagens tem uma potencial velocidade de ação, quando o medicamento correto é administrado. Além disto, é indicada também para o controle de distúrbios de comportamento antes que os mesmos se tornem enfermidades físicas. A prática clínica mostra que a homeopatia é uma grande ferramenta para a diminuição do estresse dos animais em cativeiro.

Palavras-chave: tratamento homeopático, ultradiluição, homeostase, imunomodulação.

 

Ano III - Fev/2019 - n°31

ECOLOGIA E CONSERVAÇÃO DA ONÇA-PINTADA NO PANTANAL SUL MATOGROSSENSE: MONITORAMENTO DE LONGO PRAZO E ESTRATÉGIAS DE VALORAÇÃO DA ESPÉCIE
Joares A. May Júnior; Lilian E. Rampim; Leonardo R. Sartorello; Carlos Eduardo Fragoso; Mario B. Haberfeld. 

RESUMO

Considerando a crescente pressão sobre as espécies selvagens e seus habitats, o turismo de observação de fauna tem emergido como uma importante ferramenta para a conservação da biodiversidade. Esta prática aumenta as extensões de áreas favoráveis para a diversidade e pode substituir atividades mais degradantes, como a agropecuária. É nesse contexto que o Onçafari se insere, conciliando a pesquisa científica de longo prazo ao ecoturismo, numa iniciativa pioneira no Brasil.

Palavras-chave: ecoturismo, biodiversidade, pesquisa científica de longo prazo, predadores de topo.

 

Ano III - Jan/2019 - n°30

OCEANOS DE PLÁSTICO: O IMPACTO DO LIXO NO ECOSSISTEMA MARINHO
Daphne Wrobel Goldberg

RESUMO

O acúmulo de resíduos antropogênicos no ecossistema marinho é considerado uma crescente ameaça para a saúde dos oceanos. Define-se por resíduo, qualquer material sólido persistente, manufaturado ou processado, descartado ou abandonado nos ambientes costeiro e marinho. De fato, o lixo marinho provém de itens deliberadamente descartados ou acidentalmente perdidos nas praias ou mares ou ainda trazidos para os oceanos através de rios, rede de esgoto, águas pluviais, ventos e correntes. No entanto, independente da fonte, os resíduos marinhos podem ter sérias consequências ecológicas e econômicas. Esses impactos adversos vêm sendo amplamente estudados no mundo, trazendo à tona uma problemática negligenciada por décadas.

Palavras-chave: Efeitos antrópicos; poluição marinha; resíduos plásticos; obstrução; bioacumulação.

 

Ano III - Dez/2018 - n°29

FEBRE DO NILO OCIDENTAL
Alessandro Pecego Martins Romano

RESUMO

O vírus da Febre do Nilo Ocidental é um arbovírus, transmitido por mosquitos, do gênero flavivírus. Causa uma doença febril aguda nos seres humanos e pode apresentar uma variedade de sintomas, desde uma infecção assintomática até encefalite grave e fatal. O vírus infecta predominantemente aves e é naturalmente mantido em um sistema reservatório enzoótico, principalmente entre aves e mosquitos silvestres, com ocasional alteração de padrão enzoótico, quando afeta principalmente humanos, cavalos e algumas aves em padrão epizoótico e epidêmico. Embora tenha sido isolado de centenas de espécies de aves, foi detectado também de bovinos, cães, gatos, camelos, primatas, repteis, morcegos, equinos e homens. A transmissão se dá pela picada de mosquitos infectados, principalmente do gênero Culex, que apresenta distribuição cosmopolita e diversas espécies antropofílicas. Tais características permitem a manutenção do vírus e sua ameaça às populações, susceptíveis, praticamente em todo o mundo. A circulação do vírus em países da América do Sul tem sido demonstrada através de investigações sorológicas, embora os registros de casos humanos sejam esporádicos. O vírus foi isolado na Argentina em 2006; causou o primeiro caso humano de encefalite no Brasil em 2014 e, mais recentemente, em 2018 foi isolado no Espirito Santo, onde foram registradas epizootias de equídeos com doença neurológica, a meningoencefalite. A epizootia recente no Brasil ressalta a necessidade de planos de monitoramento e contingência integrados.

Palavras-chave: doenças emergentes, arbovírus, zoonoses, epizootia.

 

Ano III - Nov/2018 - n°28

MEDICINA VETERINÁRIA NA CONSERVAÇÃO DE BALEIA
Milton Cesar C. Marcondes

RESUMO

O campo de atuação do médico veterinário na pesquisa e conservação de baleias e golfinhos vem crescendo. Usamos a baleia-jubarte como exemplo para apresentar os desafios de se trabalhar com baleias, abordando a atuação com animais encalhados, emalhados em equipamentos de pesca e no estudo da saúde populacional da espécie.

Palavras chave: Cetáceos, Resgate, Emalhe, Saúde Populacional.

 

Ano III - Out/2018 - Edição Extra

XXVII Encontro e XXI Congresso ABRAVAS & III Congreso ALVEFAS
Diretoria ABRAVAS - Gestão 2017-2019

RESUMO

Neste mês de outubro, a Associação Brasileira de Veterinários de Animais Selvagens (ABRAVAS) realizou seu 21º congresso e 27º encontro, na cidade de São José dos Campos – SP, no Hotel Nacional Inn, em conjunto com a Asociación Latinoamericana de Veterinarios de Fauna Silvestre (ALVEFAS).

 

Ano III - Out/2018 - n°27

PATOLOGIA CLÍNICA COMPARADA
Elizabeth Moreira dos Santos Schmidt

RESUMO

A avaliação do sangue pode servir como auxílio para monitorar a saúde das aves, répteis e mamíferos, para avaliação pré-operatória, no auxílio ao diagnóstico e ao tratamento de doenças, ao bem-estar, como biomarcadores de agressões ambientais e para desenvolver intervalos de referência. Assim, é necessário conhecer as variações biológicas da espécie, do momento de avaliar os valores sanguíneos e os intervalos de referência na medicina de animais selvagens.

Palavras-chave: Hematologia, Aves, Répteis, Mamíferos, Intervalos de Referência.

 

Ano III - Set/2018 - n°26

CARRAPATOS E FAUNA SILVESTRE NO BRASIL
Thiago Fernandes Martins

RESUMO

Os carrapatos são artrópodes pertencentes à classe dos Aracnídeos, na qual estão também incluídos os escorpiões, as aranhas e diversas espécies de ácaros. No Brasil os carrapatos duros e moles são importantes vetores de agentes patogênicos para os animais silvestres, domésticos e seres humanos, sendo assim são considerados relevantes na sanidade animal e saúde pública. Nas últimas décadas, vários trabalhos sobre carrapatos em animais silvestres de cativeiro e de vida livre foram conduzidos no país, entretanto estes estudos científicos ainda são escassos e fragmentados. Desta forma, existe uma dificuldade no campo da taxonomia de carrapatos e consequentemente da obtenção de informação da distribuição geográfica, de seus hospedeiros primários e das enfermidades causadas pelos patógenos transmitidos por estes ectoparasitas, especialmente no território brasileiro. Devido a sua expansão territorial o Brasil abriga uma grande diversidade biológica incluindo anfíbios, répteis, aves e mamíferos que são parasitados com frequência por carrapatos. A domesticação dos animais para fins econômicos ou de companhia favoreceu o estudo de aproximadamente 20% das espécies de carrapatos, entretanto, pouco se sabe a respeito de 80% das espécies de carrapatos que parasitam a fauna silvestre. Neste contexto, o conhecimento destas espécies de parasitas de animais silvestres torna-se essencial, já que muitas delas participam diretamente na manutenção enzoótica de patógenos na natureza. Com uma população estimada em cerca de 209,2 milhões de pessoas das quais, 76% vivem na zona urbana e 24% na zona rural, o desmatamento causado pela expansão urbana das cidades sobre as florestas acaba levando a defaunação ou o favorecimento de algumas espécies sinantrópicas e consequentemente a proximidade dos seres humanos aos carrapatos, propiciando o parasitismo humano e o aparecimento de agentes causadores de doenças veiculadas por estes artrópodes. Consequentemente os carrapatos estão se tornando mais relevantes como um problema sanitário e na veiculação de doenças transmitidas por carrapatos para a população no país, sendo a Febre Maculosa a principal enfermidade.

Palavras-chave: Animais Silvestres, Ectoparasitas, Ixodídeos, Argasídeos, Febre Maculosa Brasileira.

 

Ano III - Ago/2018 - n°25

DIAGNOSIS AND MANAGEMENT OF LEAD TOXICOSIS IN BIRDS OF PREY
Jaime Samour

ABSTRACT 

Lead toxicity is the most common heavy metal toxicosis in free-living birds of prey and one of the most important diseases of toxic origin in captive species. This is particularly common in species used in the sport of falconry. Birds of prey commonly ingest lead pellets or lead fragments concealed in the body of shot prey. The primary treatment of lead toxicosis consists of the retrieval of lead pellets or lead fragments from the digestive tract and the secondary treatment consist of the use of chelating agents and support therapy. Lead retrieval from birds of prey undergoing lead toxicosis should be undertaken immediately after metallic radiodense particles have been observed in the gastrointestinal tract (GI) at radiology examination to avoid further absorption. Lead pellets and lead fragments are retrieved using a combination of stomach lavage and using rigid or flexible endoscopes and long biopsy forceps. The chelating agent Ca Na2 EDTA has been administered undiluted intramuscularly in falcons at the dose rate of up to 100 mg/kg Q12h for up to 25 consecutive days without observing any deleterious effect.

Keywords: Lead pellets, lead fragments, raptor, Ca Na2 EDTA.

 

Ano II - Jul/2018 - n°24

DIAGNÓSTICO POR IMAGEM – EXAME ULTRASSONOGRÁFICO EM SERPENTES
Viviane Campos Garcia

RESUMO 

Os métodos de diagnóstico por imagemna veterinária têm sido cada vez mais utilizados. A melhoria dos aparelhos e a especialização dos veterinários nessa área tem permitido melhores diagnósticos. Nosrépteis, como os Ophidae (serpentes),isso tem sido de grande valia, pois normalmente se desconhece o histórico e não é possível fazer um exame físico completo.Assim, esses métodos, principalmente o ultrassonográfico, têm permitido um diagnósticomais fidedigno e um tratamento correto.

Palavras-chave:Squamata, ultrassonografia, répteis.

  

Ano II - Jun/2018 - n°23

LESÕES POR LINHAS DE PIPAS EM AVES
Plínio Ferreira Mantovani

RESUMO

A atividade de soltar pipas é praticada em todo o mundo, sendo muito comum no Brasil. Sua realização com linhas cortantes representa ameaça à fauna, especialmente às aves. Os traumas podem ocorrer durante o voo ou após o enroscamento da ave na linha deixada no ambiente. As lesões mais comuns são na região do propatágio. O tratamento adequado destas lesões e medidas de boas práticas para a atividade podem diminuir o impacto causado às diferentes espécies de aves acometidas.

Palavras-chave: traumatismo, ferida, cirurgia, reabilitação

 

Ano II - Maio/2018 - n°22

USO DE ALGINATO DE CÁLCIO NO MANEJO DE FERIDAS EM ANIMAIS SILVESTRES E EXÓTICOS
Elber Luiz Silva Costa Moraes

RESUMO

Os curativos modernos como o alginato de cálcio representam uma grande evolução da Medicina na intervenção no processo cicatricial. Entretanto o seu uso na Medicina Veterinária ainda não é amplamente divulgado, apesar de todos os benefícios que estes curativos podem oferecer. O objetivo deste trabalho é apresentar o curativo de alginato de cálcio, descrever seu papel dentro do processo cicatricial e apresentar 3 breves relatos demonstrando a sua aplicabilidade.

Palavras-chave: cicatrização, curativo, epitelização.

 

Ano II - Abr/2018 - n°21

APRIMORANDO SEU PAPEL NA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE PARQUE VIDA CERRADO
Maria Fernanda Naegeli Gondim e Grabrielle Bes da Rosa

RESUMO

As ações antrópicas sobre o meio ambiente têm contribuído para aumentar o número de espécies ameaçadas de extinção. Assim, a conservação em cativeiro ganha cada vez mais destaque na recuperação do status destas espécies, sendo imprescindível para evitar a extinção. O Parque Vida Cerrado, localizado no oeste da Bahia, através de três núcleos integrados de atuação (fauna, flora e comunidade) associa estratégias in situ e ex situ para a conservação da biodiversidade.

Palavras-chave: conservação ex situ, conservação in situ, conservação integrada, diversidade biológica, espécies ameaçadas.

 

Ano II - Mar/2018 - n°20

CONTROLE DE PARASITAS EM ZOOLÓGICOS – UMA VISÃO PRÁTICA
Estevam Guilherme Lux Hoppe e Itatiele Farias Vivian

RESUMO

As parasitoses podem representar uma importante causa de morbidade e mortalidade em espécies mantidas em cativeiro, por vezes, sendo o principal desafio sanitário para Médicos Veterinários que trabalham em Zoológicos. Limitações da área de vida, dieta, dificuldade de higienização dos recintos, alta taxa de lotação, presença de fauna de vida livre e animais domésticos errantes são alguns fatores que dificultam o controle parasitário e favorecem principalmente os parasitas de ciclo direto nesses locais. Visando auxiliar e orientar técnicos envolvidos no manejo de animais em cativeiro, este texto apresenta os principais grupos de parasitas que afetam anfíbios, répteis, aves e mamíferos; expõe as técnicas de diagnóstico: exame direto, Método de Willis-Mollay e Método de Hoffmann, Pons & Janer; e uma listagem de medicamentos antiparasitários que podem ser utilizados no tratamento de animais selvagens de acordo com o diagnóstico. Lembrando que o sucesso do controle parasitário não depende de uma ação única, mas sim, de um conjunto de medidas, no qual toda a equipe do Zoo deve estar empenhada em cumprir.

Palavras-chaves: parasitoses, animais selvagens, diagnóstico, monitoramento parasitológico.

 

Ano II - Fev/2018 - n°19

CONTENÇÃO QUÍMICA E ANESTESIA DE MEGAVERTEBRADOS
André Nicolai E. Silva

RESUMO

O termo megavertebrados é usualmente utilizado para se referir a um grupo de animais diferenciados pelo tamanho de suas vértebras e seu grande porte. Como resultante a estas características corporais particulares, o manejo destes animais mostra-se desafiador na grande maioria das vezes. Dentre os diferentes pontos que compõem a rotina desses animais em cativeiro, a contenção química e ou anestesia apresentam-se como um desafio relevante. A exemplo do observado em grandes animais domésticos, pontos como decúbito, peso e tempo de anestesia podem influenciar de forma significativa no sucesso do procedimento. Diante desse contexto faz-se importante a completa compressão de cada um desses fatores para execução de tais procedimentos de uma forma mais segura. Frente a este cenário, o presente artigo tem como foco apresentar e discutir alguns dos pontos que compõem essa prática.

Palavras-chave: Protocolo anestésico, Hipopótamo, Rinoceronte, Elefante, Girafa.

 

Ano II - Jan/2018 - n°18

PROJETO CAIMAN: PESQUISA E CONSERVAÇÃO DE JACARÉS DA MATA ATLÂNTICA.
Yhuri Cardoso Nóbrega e Marcelo Renan de Deus Santos

Resumo

O jacaré-do-papo-amarelo (Caiman latirostris), espécie símbolo da Mata Atlântica e da biodiversidade do Espírito Santo, é fundamental para a manutenção da saúde e equilíbrio dos ecossistemas no qual está inserido. Dentre os crocodilianos que ocorrem no Brasil, o C. latirostris apresenta uma situação extremamente complexa no que diz respeito a sua conservação. As populações remanescentes encontram-se fragmentadas e, em muitos casos, em locais sob forte pressão antrópica, havendo pouca informação a respeito do perfil sanitário da espécie. A ausência de informações a respeito da ecologia e saúde das populações no Brasil e suas relações eco-epidemiológicas, faz com que a implementação de programas de conservação que visem a saúde única, em muitos casos, seja uma tarefa árdua. Neste contexto o Instituto Marcos Daniel desenvolve o Projeto Caiman – Jacarés da Mata Atlântica, programa de conservação que promove a pesquisa e a conservação de jacarés na Mata Atlântica. A iniciativa conta com uma equipe interdisciplinar que atua em diversas frentes, como pesquisa, educação ambiental, difusão científica e capacitação técnica.

Palavras chaves: Crocodilianos, Biologia da Conservação, Medicina da Conservação.

 

Ano II - Dez/2017 - n°17

PRESENÇA DE CÃES EM UNIDADES DE CONSERVAÇÃO E SUAS CONSEQUÊNCIAS
Mirella D'Elia, Gediendson de Araújo, Renata Pitman, Danielle Soares e Joana Silva

Resumo

Mudam-se as localidades, países e continentes, mas o problema é unânime: onde há ação antrópica sobre o meio ambiente, há presença de animais domésticos. No Brasil, problemas como a falta de conscientização da população sobre a guarda responsável, a falta de políticas públicas que logrem o controle populacional de cães, bem como a má gestão de resíduos oriundos das atividades humanas têm culminado numa crescente população de cães, que hoje constituem uma potencial ameaça às Unidades de Conservação e à nossa fauna. A presença de cães já tem sido registrada em diversas regiões do país, com consequências graves para a biodiversidade, tais como estresse, competição, predação e transmissão de agentes potencialmente patogênicos, todos ainda pouco quantificados e estudados. A situação é preocupante, sendo necessária e urgente a difusão de informação sobre o tema para os médicos veterinários de animais selvagens e de saúde pública bem como a promoção de um debate que vise obter medidas efetivas de controle de cães em UCs e a preservação da biodiversidade.

Palavras-chave: espécies invasoras, controle populacional, predação.

 

Ano II - Nov/2017 - n°16

TUMORES MAMÁRIOS EM FELIDEOS SELVAGENS
Camila Tochetto

Resumo

Tumores de mama em felídeos selvagens são pouco estudados. Não existem pesquisas abrangentes acerca do assunto, sendo que a maioria das publicações são descrições de relatos de caso. Em felinos selvagens, semelhante ao que se observa nos domésticos, predominam as ocorrências de neoplasmas malignos em relação aos benignos. Desta forma, estas neoplasias configuram uma importante causa de morte ou razão para eutanásia nesses animais. A alta prevalência de neoplasias em felinos selvagens, provavelmente se deve à maior longevidade desses animais em cativeiro, bem como à dificuldade de se realizar diagnóstico precoce e tratamento. Ainda, a ausência de nódulos proeminentes na região mamária dificulta o diagnóstico precoce. Alguns autores sugerem correlação entre uso de contraceptivos hormonais e aumento da incidência desses tumores em felinos não domésticos, porém, ainda há divergências entre pesquisadores a respeito desse assunto. Os sinais clínicos comumente observados em felídeos com neoplasmas mamários são inespecíficos, mesmo em uma proporção pequena dos casos, sinais mais específicos como ulcerações na pele da região mamária, dificuldade respiratória podem ser observados. Geralmente, no momento do diagnóstico o animal já apresenta metástases e a sobrevida após remoção cirúrgica dos neoplasmas é variável, sendo, geralmente, baixa. Técnicas de diagnóstico antemortem incluem exame físico detalhado com palpação da glândula mamária, tanto nas fêmeas quanto nos machos, radiografia torácica e abdominal, ultrassonografia e exames hematológicos. Cabe enfatizar que o diagnóstico antemortem definitivo de neoplasias mamárias deve ser baseado na análise histopatológica. A histopatologia, juntamente com a avaliação dos exames complementares, presença ou não de metástases e ocorrência de doenças concomitantes irão nortear a conduta terapêutica do médico veterinário.

Palavras-chave: oncologia, carcinoma, felídeos cativos.

 

 

Ano II - Out/2017 - Edição Extra

XXVI Encontro e XX Congresso ABRAVAS
Diretoria ABRAVAS - Gestão 2015-2017

No último mês de outubro, no período de 01 a 06, a Associação Brasileira de Veterinários de Animais Selvagens (ABRAVAS) realizou seu 20º congresso e 26º encontro, no Hotel Tulip Inn Santa Felicidade, na cidade de Curitiba - PR.

 

Ano II - Out/2017 - n°15

ATENDIMENTO CLÍNICO E CIRÚRGICO DE FERRETS
Gleide Marsicano e Alessandra Roll

Resumo

A criação de ferrets, como animais pet, vem aumentando desde o final do século passado. Desta forma, o conhecimento de suas características anatômicas, fisiológicas e biológicas básicas se torna necessário para um atendimento veterinário de qualidade. Suas necessidades nutricionais sofrem grandes variações ao longo da vida, indo de 300 a 5000 Kcal/Kg/dia.  Os ferrets são animais de comportamento noturno, dormindo até 20 horas por dia, mas no tempo em que se encontram acordados, são predadores arteiros e brincalhões, não sendo recomendado deixá-los junto a presas em potencial. Possuem baixa visão, compensada por um excelente olfato que os auxilia na locomoção e na marcação de território. Sua vocalização variada e sua postura corporal nos auxiliam a diagnosticar qualquer tipo de alteração física e psicológica que esteja ocorrendo. Para o seu ambiente ser ideal, necessitam de “tocas” ou redes para repousar e de brinquedos onde possam gastar sua energia. Estes animais, na clínica pet, apresentam algumas enfermidades bem características como neoplasias em 61% dos casos, afecções cardiopulmonares em 10%, afecções tegumentares em 7%, gastrenterites em 8%, traumatismos em 5%, afecções dentárias em 3% e outras doenças em 6% dos casos. Nas neoplasias, as alterações em adrenais, o insulinoma e o linfoma são as mais comuns. Os quadros cardiopulmonares incluem cardiomiopatias, influenza e cinomose, esta sempre fatal. Nas doenças parasitárias observamos as otites causadas por Otodectes cynotis, não sendo comum a presença de parasitas intestinais e nem dermatopatias. As gastrites causadas por Helicobacter mustelae costumam ser assintomáticas, exceto em casos de baixa imunidade. Traumas e problemas oculares se assemelham ao de outros carnívoros, porém uma particularidade anatômica como a esplenomegalia fisiológica pode ser confundida com enfermidade se não for realizado exame ultrassonográfico e/ou biópsia.

Palavras-chave: Mustela putorius furo, mustelídeos,  pets exóticos.

 

Ano II - Set/2017 - n° 14

ANESTESIA E ANALGESIA EM PEIXES
Francisco Ernesto Soares Vilardo

Resumo

O Aquarismo como hobby vem crescendo em número de adeptos, conforme a tecnologia em equipamentos, alimentação e insumos vêm se aprimorando. A Aquicultura, visando a alimentação da população humana, segue o mesmo caminho. A necessidade de conservação das espécies, em função da pressão da expansão da humanidade, vem estimulando zoológicos, aquários a pesquisarem sobre a manutenção e reprodução das diferentes espécies de peixes em cativeiro. Em todas essas situações, a necessidade de se minimizar ou diminuir os problemas com a saúde dos peixes, impulsionou a Medicina Veterinária a evoluir para uma especialização. Com isso, estudos relacionados ao emprego seguro de anestésicos para situações diversas que envolvam o manejo desses animais, vêm tornando o trabalho do profissional veterinário mais confortável. Por outro lado, o uso de agentes anti-inflamatórios visando diminuir desconfortos provocados por captura e traumatismos diversos, auxiliam na recuperação mais rápida do paciente, bem como a sua reintegração segura ao ambiente de cativeiro.

Palavras-chave: aquarismo, aquicultura, anti-inflamatórios, anestésicos, veterinário.

 

Ano II - Set/2017 - Edição Extra

INTRODUCTION TO TECHNICAL ASPECTS OF REMOTE DRUG DELIVERY SYSTEMS (*RDDS) WITH TELEMETRIC SUPPORT IN FREE-RANGING WILDLIFE 
*RDDS = Remote Drug Delivery System

Derek Rosenfield

Abstract

With this technical bulletin, it is our intent to introduce the latest technology available for long-distance delivery of veterinary medication, such as chemical immobilization, administrations of vaccines, for tracking purpose or to sample biomaterials in free-ranging wildlife. For veterinarians and wildlife management, the need to capture and/or treat free-ranging animals is a frequent occurrence, but doing so with the animal’s well-being at interest is a challenging task, trying to minimize the animal’s stress and risk of injury, or even death, during capture, while providing safety for personnel at the same time. The overall focus of the bulletin is on reviewing products, how to operate Darting Systems for Remote Drug Delivery, and some practical advice on field use and strategies.

Keywords: Radio-Telemetry; Projector; Wildlife Management; Capture-stress

 

Ano II - Ago/2017 - n° 13

PARTICULARIDADES NO ATENDIMENTO CLÍNICO DE ROEDORES E LAGOMORFOS
Erika Frühvald

Resumo

O atendimento clínico especializado a roedores e lagomorfos tem sido cada vez mais procurado. As afecções mais frequentes são pouco diagnosticadas por falta de conhecimento clínico, pela deficiência de laboratórios preparados para atender essa demanda ou ainda por restrições financeiras dos proprietários. Muitas suspeitas são confirmadas através de diagnóstico terapêutico, mas devido ao metabolismo acelerado dessas espécies, tratamentos são iniciados tardiamente sem obter sucesso. Conhecer as particularidades destes animais não é só importante para o sucesso clínico mas também ao instruir os tutores sobre a biologia e especificidades com a finalidade de se adequar o manejo ambiental e alimentar, evita ou corrige distúrbios relacionados com a deficiência destes cuidados.

Palavras chave: pets não convencionais, herbívoros, coelhos. 

 

Ano I - Jul/2017 - n°12

LASERTERAPIA NA CLÍNICA DE ANIMAIS SELVAGENS
Adriano Bauer Costa da Silva

Resumo

O laser em baixa intensidade atua como uma fonte de energia intensa e monocromática, que pode induzir uma resposta celular, buscando a homeostase sinestésica e também atua sobre fármacos fotossensibilizantes originando citotoxicidade seletiva.  A laserterapia, assim como a terapia fotodinâmica, vem sendo frequentemente utilizada na reabilitação e controle da dor, bem como na reparação tecidual e no tratamento de ferimentos, devido ao seu potencial de inativação de micro-organismos.  Na medicina veterinária de animais selvagens esta modalidade terapêutica ganha cada vez mais espaço por sua eficiência, além do baixo custo e da segurança de aplicação.

Palavras-chave: laser, terapia fotodinâmica, biomodulação laser.

  

Ano I - Jun/2017 - n°11

DOENÇAS INFECCIOSAS EM PEIXES

Silvia Roselli Napoleão

Resumo

A produção de peixes no Brasil aumenta progressivamente há pelo menos duas décadas, tanto para peixes com objetivo ornamental quanto para alimentação humana. Este aumento de produção traz uma demanda de profissionais capacitados para atuar neste segmento, principalmente médicos veterinários, já que existe uma defasagem destes profissionais interessados em atuar com sanidade, manejo e inspeção de peixes no país. Nos últi­mos anos, diversas doenças infecciosas têm ocorrido nas pisciculturas, muitas vezes causando perdas econômicas e atingindo taxas de mortalidade elevadas. Um maior conhecimento sobre controle, prevenção e tratamento (quando recomendado) são necessários, visto que apenas os médicos veterinários podem recomendar estas ações de acordo com a legislação brasileira.

Palavras-chave: Sanidade de Organismos Aquáticos, Medicina veterinária, Pescado.

  

Ano I - Maio/2017 - n°10


ANESTHESIA AND ANALGESIA OF HERPTILES
Javier G. Navarez 

Abstract

The literature on anesthesia and analgesia of reptiles has been significantly expanded in recent years. This new knowledge is essential in improving the welfare of reptile patients. Reptiles are often victims of inadequate anesthesia and analgesia in part due to a lesser understanding about their anatomy and physiology. While reptiles are often thought of as stoic animals that do not show much behavioral changes, this is a misconception and anyone working with them should become familiar with knowing how to interpret pain and discomfort. It is also important to remember that the analgesic effect provided by general anesthesia is short lived (up to the point of recovery) and analgesic protocols must be instituted in all case when painful stimuli is unavoidable. We must think of anesthesia and analgesia as being two different components of one modality, both being essential for its success. While most veterinarians will become comfortable with a small selection of anesthetic and analgesics, it is important to have a wide selection to choose from to design protocols that fit the animal’s presentation and need rather than our preference. Having an assortment of drugs at our disposal also allows the application of balanced anesthesia and multimodal analgesia by utilizing various drugs at lower dosages to achieve a smooth induction and recovery with lower risks. The practice of pre-emptive analgesia is also critical to ensure that our patient’s comfort level is adequate through their hospitalization. Ultimately, a more comfortable, less stressed patient is more likely to respond to therapy and do better than one, which has experienced a traumatic event.

Keywords: reptile, anesthesia, analgesia.

 

Ano I - Abr/2017 - n°9

MEDICINA VETERINÁRIA EM INVERTEBRADOS TERRESTRES
Thiago Mathias Chiariello        

Resumo

Os invertebrados representam o grupo mais abundante e diversificado do reino animal, correspondendo a aproximadamente 95% da fauna descrita. A medicina veterinária aplicada aos invertebrados está ainda em seu começo, com muitas dificuldades e obstáculos. Um crescente interesse em manter estes animais em cativeiro para diversos fins, bem como a conservação de diversas espécies e a preocupação com o bem-estar animal, vem refletindo a demanda pelo conhecimento especializado do médico veterinário. A quantidade de livros, artigos e capítulos de livros dentro da medicina veterinária de animais silvestres e exóticos no Brasil e no mundo, vem crescendo a fim de introduzir um conhecimento básico e específico para que o veterinário possa atuar nas diversas áreas possíveis dentro da clínica de invertebrados. Aspectos fisiológicos, anatômicos e biológicos da espécie a ser atendida (seja em vida livre, laboratório ou biotério, zoológicos ou na clínica de pet) são conhecimentos essenciais na clínica, exigindo uma busca maior por informações devido à ausência dos invertebrados  nas disciplinas dos cursos de graduação de medicina veterinária do Brasil e do mundo.

Palavras-chave: aranhas, clínica, insetos, Arthropoda.

 

Ano I - Mar/2017 - Edição Extra

ENTREVISTA - FEBRE AMARELA EM PRIMATAS
Lilian Silva Catenacci, Erika Alandia Robles, Poliana da Silva Lemos e Carlos Alberto Marques de Carvalho

Caros leitores,
Todos temos acompanhado pelos noticiários o presente surto de febre amarela e alguns casos de agressão à primatas em algumas cidades e a partir desses ocorridos, convidamos profissionais atuantes na área para responder algumas perguntas enviadas por associados da ABRAVAS.

Boa leitura!
Diretoria ABRAVAS
Gestão 2015 - 2017

 

Ano I - Mar/2017 - n°8

CONDICIONAMENTO EM ANIMAIS DE ZOOLÓGICO
Cristiane Schilbach Pizzutto

Resumo

O entendimento de como os animais “sentem” seus ambientes e dos sinais que eles nos fornecem diante da tentativa de se adaptarem são um grande desafio para os profissionais que atuam com animais selvagens cativos. A busca pela minimização do estresse e por uma melhor qualidade de vida para as inúmeras espécies mantidas em cativeiro é um trabalho árduo que requer do profissional um conhecimento multidisciplinar, na esfera da saúde mental, da saúde física e do ambiente no qual o animal está inserido. Além das técnicas de enriquecimento ambiental, o condicionamento operante é uma ferramenta importante no manejo de animais selvagens cativos e tem sido muito utilizada no dia a dia de Zoológicos e Aquários como forma de oferecer resultados benéficos ao animal e ao manejo.

Palavras-chave: condicionamento operante, cativeiro, comportamento, animais selvagens, bem-estar.

 

Ano I - Fev/2017 - n°7

ATUAÇÃO DO MÉDICO VETERINÁRIO DE ANIMAIS SELVAGENS NA CONSERVAÇÃO DE XENARTHRAS
PROJETO TATU-CANASTRA
Danilo Kluyber, Camila Luba, Arnaud L. J. Desbiez

Resumo

O tatu-canastra (Priodontes maximus), classificado como vulnerável pela IUCN, é o maior tatu da família Dasypodidae, e pode chegar a medir 1,50 metros e pesar até 50 quilos. Apesar de sua ampla distribuição pela América do Sul, possui baixa densidade populacional que aliada a seu hábito solitário e estritamente noturno, o torna ainda mais desconhecido. Desde 2010, essa espécie recebe a atenção de um grupo de pesquisadores da equipe do Projeto Tatu-Canastra, que desenvolve uma série de estudos para levantar informações sobre sua história natural, saúde da população, reprodução e conflitos ou impactos antrópicos que ameaçam sua existência. Assim, a aplicação e atuação da medicina de animais selvagens tem participação de grande relevância neste estudo, principalmente para a realização de um dos principais componentes do projeto que é a obtenção de dados ecológicos e monitoramento da saúde da população em longo prazo. Para isso, a equipe desenvolveu um método que utiliza dois modelos de radiotransmissores para cada animal a ser monitorado. Em seis anos de resultados preliminares, foi possível compreender dados sobre sua área de vida, comportamento social e reprodutivo. Como uma das ferramentas para a conservação, esses estudos em longo prazo ajudam a compor um dos programas desenvolvidos pelo Projeto Tatu-Canastra em parceria com instituições de pesquisa nacionais e internacionais, chamado de Iniciativa para a Saúde dos Xenarthras. Por meio deste, patógenos são analisados como potenciais fatores de riscos para a saúde de populações, assim como o papel das espécies de tatus como reservatórios desses microorganismos. A ausência de informações básicas sobre Xenarthras em vida livre torna ainda mais difícil o desenvolvimento de planos de ações e estratégias de conservação. Ao mesmo tempo, estudos envolvendo saúde e conservação de espécies ameaçadas levam a criação de novas parcerias e estreitam laços entre instituições de pesquisa, organizações não governamentais e governamentais, zoológicos, profissionais da saúde e educadores, o que resulta no desenvolvimento de iniciativas baseadas em biologia e medicina da conservação, essenciais para a saúde de animais selvagens, ecossistema e de seres humanos.

Palavras chave: Medicina, Saúde, Dasypodidae, Tatu-Canastra.

 

Ano I - Jan/2017 - n°6

HOMEOPATIA NA CLÍNICA DE ANIMAIS SELVAGENS
Cláudio Yudi Kanayama

Resumo

Diversas formas de terapêutica são utilizadas no tratamento de animais selvagens. A terapêutica homeopática é mais uma ferramenta valiosa que o profissional tem a sua disposição, que oferece soluções práticas em que a medicina alopática ainda não tem. A homeopatia na medicina veterinária, apesar de ter iniciado há mais de 200 anos, é relativamente nova no Brasil. Esta terapêutica considera o animal doente como um todo, bem como as suas condições reacionais momentâneas e a individualidade do medicamento. A homeopatia observa o paciente de outro ângulo, como uma unidade formada pelo corpo e princípio vital, a fim de alcançar o medicamento ideal para cada caso clínico. O tratamento homeopático é eficaz em diversas situações na clínica de animais selvagens, de forma rápida, por completo e duradoura.

Palavras-chave: tratamento homeopático, práticas integrativas, terapêutica.

 

Ano I - Dez/2016 - n°5

DIAGNÓSTICO PARA Salmonella enterica NA CLÍNICA DE AVES DE ESTIMAÇÃO
Guilherme Augusto Marietto Gonçalves

Resumo

A salmonelose aviária é uma das maiores preocupações na produção avícola comercial e também de grande importância para a saúde publica, já que se trata de uma zoonose, havendo leis rigorosas para o seu controle. Com o aumento do interesse na aquisição de aves como pet, há uma mobilização no comércio de animais exóticos e silvestres expondo as aves ao risco de contaminação por Salmonella enterica por falta de cuidados sanitários. O sorotipo mais isolado em aves não industriais é o Typhimurium, que causa uma infecção geralmente inaparente, tornando as aves um carreador em potencial para o ser humano no ambiente domiciliar. A presente nota aborda algumas informações gerais sobre salmonelose e exposição, discutindo alguns pontos específicos pouco considerados a campo que contribuem com a permanência do agente devido a erros na condução de diagnóstico desta enfermidade.

Palavras-chave: Salmonelose, microbiologia, saúde aviária, zoonose.

 

Ano I - Nov/2016 - Edição Extra

XXV Encontro e XIX Congresso ABRAVAS
Diretoria ABRAVAS - Gestão 2015-2017

No último mês de outubro, a Associação Brasileira de Veterinários de Animais Selvagens (ABRAVAS) realizou seu 19º congresso e 25º encontro, comemorando seus 25 anos na cidade de Goiânia-GO, no Castro's Park Hotel.

 

Ano I - Nov/2016 - n°4

INFECÇÕES POR HERPESVÍRUS EM PRIMATAS NÃO-HUMANOS
Claudia Almeida Igayara-Souza

Resumo

A proximidade filogenética entre o homem e os primatas não-humanos faz com que possam compartilhar diversos patógenos, com consequências variáveis, desde infecções de curso benigno ou inaparente até doenças graves e fatais. Tradicionalmente há a preocupação com a transmissão de doenças dos primatas não-humanos ao homem, em razão do impacto existente na saúde pública, porém igualmente graves podem ser as doenças transmitidas no sentido inverso, ou seja, do homem para as espécies silvestres, com impacto sobre sua conservação. Os diferentes herpesvírus possuem uma ampla gama de hospedeiros, entre eles os primatas (humanos e não-humanos). A ocorrência de surtos com alta letalidade em primatas causados por herpesvírus humano tem levantado dúvidas e preocupações. O presente artigo faz uma compilação de informações visando esclarecer os tópicos mais relevantes com relação às herpesviroses de primatas neotropicais e suas implicações na saúde e conservação.

Palavras-chave: vírus, zoonose, herpesviroses, Callithrix.

 

Ano I - Out/2016 - n°3

TIPAGEM SANGUÍNEA EM FELÍDEOS SELVAGENS
Ana Carolina Andrade Pereira

Resumo

A transfusão sanguínea é uma terapêutica ainda pouco utilizada na medicina de animais selvagens no Brasil, considerada hoje como uma terapia emergencial, mas que pode ser usada para tratar vários distúrbios hematológicos. O sistema AB é o sistema sanguíneo de felinos domésticos e existem trabalhos que comprovam que os mesmos tipos ocorrem em felídeos selvagens, por pertencerem a mesma família. Os grupos sanguíneos em felinos domésticos têm sido bastante estudados, pois ocorre variação de acordo com a raça e regiões geográficas, sendo necessário cautela, principalmente, para a diminuição da ocorrência de reações pós-tranfusionais. A metodologia descrita a seguir visa auxiliar o clínico à agregar conhecimento no perfil hematológico do plantel sob sua responsabilidade, tornando mais ágil o tratamento de doenças que necessitem de hemoterapia.

Palavras-chave: sistema AB, tipos sanguíneos, medicina transfusional, felinos.

 

Ano I - Set/2016 - n°2

FIBROPAPILOMATOSE EM TARTARUGAS MARINHAS
Gustavo Henrique Pereira Dura 

Resumo

Fibropapilomatose é uma enfermidade comum em tartarugas marinhas verdes. Caracteriza-se pela formação de tumores vistos como massas papilares, arborizadas na superfície do corpo. Histologicamente, fibropapilomas consistem de epiderme hiperplásica, com derme espessamente hipercelular. Em algumas tartarugas com fibropapilomatose cutânea, fibromas podem ser vistos em órgãos viscerais. A etiopatogenia é multifatorial tendo como principal iniciador de uma aneuploidia celular o herpesvírus (Chelonid Herpesvirus-5). Outros fatores como agentes promotores de crescimento neoplásico são implicados. A enfermidade é encontrada em áreas neríticas, onde os indivíduos ou se infectam com o vírus, ou entram em contato com águas eutrofizadas (onde existem esses agentes promotores) ou ambos. Animais afetados tem dificuldade de natação, dificuldade de apreensão de alimento, ou de visão, quando tais tumores crescem nos tecidos oculares ou estruturas anexas. Animais afetados apenas com tumores externos devem ser encaminhados à exérese dos tumores e terapêuticas alternativas.

Palavras-chave: fibropapiloma, herpesvírus, exérese tumoral.

 

Ano I - Ago/2016 - n°1

Apresentação
Bruno Petri e Adauto Luis Veloso Nunes

Na primeira edição temos a palavra do nosso presidente Bruno Petri e um convidado, o médico veterinário Adauto Luis Veloso Nunes, que foi diretor da associação em seis gestões, para falar sobre a ABRAVAS e seus 25 anos.

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